Carta Aberta a Sabato Rossetti
Caro Sabato,
Sobre a gravação vazada à imprensa, que envolveu o seu nome, em respeito a você, teço as considerações abaixo:
01. Não fui eu que tornei pública a gravação. Era meu interesse que essa investigação fosse realizada em caráter sigiloso, para não expor pessoas que podem ser inocentes e até por questão de segurança pessoal;
02. A fita foi entregue, pelo meu advogado, ao presidente do TRE-PA, desembargador Leonardo Tavares, no dia 17/10/13, que, segundo informações, a entregou ao Ministério Público Federal no dia 30/10/13;
03. Foi o Ministério Público Federal, através de um release distribuído a imprensa, que tornou pública a existência da gravação;
04. Divulgada a gravação, eu não poderia negar a autoria, e como as reações tentam me criminalizar eu não poderia ficar apenas na defensiva;
05. Não há na gravação nenhuma tentativa de induzir Antonio Armando a lhe comprometer. Sequer toco no seu nome;
06. Reconheço-lhe um eficiente e respeitado advogado, e a bem da verdade declaro que consultei-o profissionalmente: em nenhum momento foi tratado sequer os seu honorários, e jamais você cogitou qualquer transação financeira para atividades ilícitas;
07. Equivoquei-me em não ter arguido a suspeição da juíza Ezilda Pastana Mutran, denunciada por mim à Polícia, em 1993, por ter agredido fisicamente a minha esposa, à época grávida de 8 meses. A ocorrência sumiu da delegacia e os anos que se passaram me fizeram concluir que tal providência processual não seria necessária;
08. Entendo a sua indignação com o fato e coloco-me a sua disposição para as providências que lhe aprouverem. Peço-lhe, todavia, que entenda que o que fiz foi para salvaguardar o direito, conseguido legitimamente nas urnas, de administrar o município de Marabá.
Que Deus te proteja!
João Salame Neto