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Mostrando postagens de junho, 2015

Pelo amor de Deus, parem de ajudar a África!

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Entrevista concedida pelo economista queniano James Shikwati ao jornalista Thilo Thielke, publicada na “DER SPIEGEL”, em 06.07.2005. DER SPIEGEL - Senhor Shikwati, a cúpula do G8 em Gleneagles deverá aumentar a ajuda ao desenvolvimento da África... James Shikwati - Pelo amor de Deus, parem com isso! DS - Parar? Os países industrializados do Ocidente querem eliminar a fome e a pobreza. Shikwati - Essas intenções estão prejudicando nosso continente nos últimos 40 anos. Se os países industrializados realmente querem ajudar os africanos, deveriam finalmente cancelar essa terrível ajuda. Os países que receberam mais ajuda ao desenvolvimento também são os que estão em pior situação. Apesar dos bilhões que foram despejados na África, o continente continua pobre. DS - O senhor tem uma explicação para esse paradoxo? Shikwati - Burocracias enormes são financiadas (com o dinheiro da ajuda), a corrupção e a complacência são promovidas, os africanos aprendem a ser mendigos, e não independentes. A

Dilma precisa voltar a comandar a agenda do país

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Entrevista concedida a jornalista RAQUEL LANDIM , publicada no portal da Folha de S. Paulo, em 07.06.2015. Folha - Qual é a sua avaliação sobre o ajuste fiscal? Antonio Delfim Netto - O ajuste fiscal é necessário. No ano passado, ocorreu uma deterioração fiscal muito profunda. Até dezembro de 2013, a situação era desagradável, mas não tinha gravidade. O desequilíbrio de 2014 foi deliberadamente produzido para a reeleição e atingiu seu objetivo. O PT tirou muito proveito disso, porque continuou com a maior bancada na Câmara. Era visível que precisava fazer um ajuste em 2015. Houve estelionato eleitoral? Não tenho dúvida, é um absurdo tentar negar. Dilma fez uma mudança na política econômica equivalente à de são Paulo na estrada de Damasco [Paulo se converteu ao cristianismo em viagem de Jerusalém a Damasco e se tornou apóstolo]. Essa é uma questão moral que abalou a credibilidade do governo, mas o importante é o conserto. E esse conserto da economia vai no rumo certo? O ajuste do L