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Mostrando postagens de março, 2015

Entrevista de Cristiano Kok à Folha de S. Paulo

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Entrevista concedida ao jornalista DAVID FRIEDLANDER, publicada na Folha de S. Paulo em 19.03.2015. Folha - Ao todo, quanto vocês pagaram de propina nos contratos da Petrobras? Cristiano Kok - Foram R$ 6 milhões a R$ 7 milhões num contrato de R$ 700 milhões da refinaria Abreu e Lima, e mais uns R$ 3 milhões na refinaria de Cubatão. Pagamos em prestações mensais para três empresas do Alberto Youssef, como se fosse prestação de serviços. Quando começou a Lava Jato, ficamos sem dinheiro e paramos tudo. Só que Youssef tinha duplicatas assinadas por nós e as descontou no banco. O banco veio atrás e tivemos que pagar para não ficar com o nome sujo. Para quem ia o dinheiro? Não sei. José Janene [ex-deputado do PP] indicou o Youssef e ele dizia: 'Paga isso aqui, paga aquilo ali'. Não sei para onde o dinheiro ia e só soube que as empresas eram do Youssef muito depois. O sr. não desconfiava que o dinheiro era para políticos? Como a indicação do Youssef foi política, evidentemente

Entrevista de Nouriel Roubini à Folha

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Entrevista ao jornalista Raul Juste Lores, em WASHINGTON, em 16/03/2015, para a Folha.com Folha - O sr. disse que está "cautelosamente otimista" com o Brasil. Por quê? Nouriel Roubini - Os investidores estão céticos porque veem fraqueza política da presidente e acham que o ajuste não vai acontecer. Assim, o real continua caindo. Mas a presidente não tem escolha. A menos que seja irracional ou politicamente suicida, o que não acredito que seja, ela vai insistir no ajuste, como disse no discurso de domingo. Quando o Brasil vai voltar a crescer? Se ela fizer o ajuste agora e mudar suas políticas, terá um ano muito difícil, sem crescer ou com pequena recessão. No ano que vem será um pouco melhor, pode crescer até 1,5% e ter outros dois anos de crescimento OK. Se não o fizer, o real sofrerá queda livre, o Brasil vai perder o grau de investimento. Ela sabe que o segundo mandato poderá se tornar um desastre. A presidente culpou a crise internacional. O sr. concorda? Certament