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Nota do PSDB, DEM e PPS

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“Os partidos de oposição ao governo federal – Democratas, PPS e PSDB – estão firmemente empenhados em buscar soluções e respostas para os problemas e anseios que os brasileiros têm manifestado nas ruas, de forma democrática e pacífica. Por esta razão, ofereceram ao amplo debate uma agenda propositiva, que há tempos defende, com medidas práticas e factíveis de curtíssimo prazo, nos campos do imprescindível combate à corrupção, ampliação da transparência na área pública e fortalecimento das políticas nacionais de saúde, segurança, educação, infraestrutura e combate à inflação. Os partidos de oposição denunciam e condenam a estratégia do governo federal de, ao ver derrotada a tentativa golpista de uma constituinte restrita, buscar, agora, multiplicar a polêmica em torno da realização de plebiscito sobre a reforma política. Se tivesse, de fato, desejado tratar com seriedade esta importante matéria, a presidente já teria, nesses dois anos e meio, manifestado à nação a sua proposta para o a...

Será que está tudo bem? Será que está tudo bom?

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Belém, Belém, Belém será que tá tudo bem. Tudo bem, tudo bom? (Marco Monteiro - Belém, Belém) Autor: Prof. Dr. Manoel Alves da Silva As propagandas governistas: federal, estadual, municipal por natureza vendem a ideia de que vivemos no melhor dos mundos. Contudo muitas das vezes a realidade conspira contra a veracidade das propagandas oficiais. As manifestações iniciadas em São Paulo como protesto ao aumento das passagens de ônibus, e hoje estão ocorrendo em várias cidades do Brasil, é uma manifestação emblemática de que a propaganda nem sempre reflete o real. O problema é que em regra os governantes passam a acreditar que de fato o mundo da propaganda é real. Trata-se de uma mutação, quando a ficção se transforma em realidade. A consequência é que ao serem questionados e/ou sofrerem protestos os governantes desqualificam o protesto atribuindo aos seus opositores, conspirações de setores conservadores, excluindo no caso brasileiro o Maluf, o Sarney o Collor, o Renan Calheiros, J...

Entrevista com Jarbas Vasconcelos

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Entrevista postada no “Blog do Josias” em 16.05.2013 O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) recusou-se a participar da sessão em que foi aprovada no Senado a medida provisória dos portos. Ele foi ao plenário, expressou sua contrariedade e foi para casa. “Não me animei a ficar lá, feito um idiota, coonestando aquilo tudo”, disse o senador em entrevista ao blog. “Achei melhor me aborrecer vendo pela televisão.” Jarbas classifica o processo de votação de “farsa”. Sustenta que o Legislativo vive hoje “uma situação pior do que a que atravessamos na época da ditadura.” Abaixo, a conversa: — Por que não permaneceu no plenário? Fui ao plenário para registrar minha contrariedade com o absurdo a que o Senado foi submetido. Renan disse que, a partir de agora, não recebe mais medida provisória a menos de sete dias de vencer o prazo de validade. Afirmou que essa MP dos Portos seria uma excepcionalidade. Admitiu que é uma aberração. Mas recebeu. Não tenho nenhuma razão para acreditar nele. Na se...

Ainda Feliciano?

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Artigo assinado por Caetano Veloso, publicado em “O Globo”, em 14.04.2013. Nem estou acreditando que volto ao assunto do pastor/deputado/presidente da CDHM. Mas, como muitos devem ter visto, ele mentiu reiterada e estridentemente sobre mim. Há um vídeo no YouTube em que Feliciano, esbravejando de modo descontrolado, diz-se com Deus contra o diabo e, para provar isso, mente e mente mais. As pessoas religiosas deveriam observar o quanto ele está dominado pela soberba. Faz pouco, ele se sentiu no direito de julgar os vivos e os mortos, explicando por meio de uma teologia grotesca a morte dos garotos dos Mamonas e sagrando-se justiçador de John Lennon. Agora, aferra-se à mentira. Meu colega Wanderlino Nogueira notava, com ironia histórica sobre as espertezas da igreja católica, que a mentira não está entre os sete pecados capitais. Mas sabemos que “levantar falso testemunho” é condenado pelo Deus de Moisés. Por que mentir tão descaradamente sobre fatos conhecidos? Será que minha calma ...

Entrevista com o pastor Ricardo Gondim

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Entrevista concedida ao jornalista Roldão Arruda e publicada no seu respectivo blog em 30.03.2013. Como pastor, de que maneira analisa a polêmica que envolve Marco Feliciano e a Comissão de Direitos Humanos? Fico muito constrangido com o que está ocorrendo. Acha que as críticas a ele são dirigidas a todo os evangélicos? Ele fala em cristofobia. O Marco Feliciano se apresenta como representante não só do mundo evangélico, mas de todo o protestantismo. Na verdade, ele pouco representa das tendências protestantes. Foi eleito por um segmento muito alienado politicamente. Candidatos como ele são eleitos, geralmente, para se tornarem os representantes de sua igreja no parlamento. Eles se preocupam mais com os interesses da igreja do que com as questões que dizem respeito a todo o País. A que atribui o antagonismo com grupos que defendem os direitos humanos? Ele se antagonizou com o Brasil porque expressou pelo Twitter e, depois, num culto, opiniões sobre a questão dos negros. Di...

Entrevista com Vargas Llosa

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Entrevista concedida a Joaquim Sarmiento/Reuters, publicada no “Estado de S. Paulo” em 17.03.2013. "Se tivesse que salvar do fogo apenas um de meus romances, salvaria Conversa no Catedral." Anos depois de dizer essa frase, o escritor Mario Vargas Llosa garante que a mantém viva. Considerado um de seus principais livros, traz o retrato do Peru durante a ditadura dos anos 1950 a partir de Zavalita, jornalista que prefere a omissão a compactuar com os políticos. Colaborador do Estado, Llosa virá a São Paulo em abril para o Fronteiras do Pensamento e falou por telefone com o repórter na sexta-feira, desde Lima, sobre a obra agora relançada pela Alfaguara. Quais lembranças o senhor guarda do romance? O romance me faz lembrar uma história interessante. Quando foi publicado, em 1969, passou despercebido pela crítica e público - só era lembrado de forma negativa, por conta de sua estrutura narrativa. Só com o tempo, foi ganhando leitores e, curiosamente, hoje é um dos meus livros...

Entrevista com Pierre Lévy

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Entrevista concedida a Bruno Lupion e publicada no “Estado de S. Paulo” em 11.03.2013. Qual a relevância dos abaixo-assinados online para pressionar os parlamentares? Eu penso que seja tão relevante como os abaixo-assinados escritos. Uma petição é uma petição. Uma petição online só é mais fácil de organizar! Sendo mais fácil, o sr. não acha que há um risco de promover o "ativismo de sofá" nesse tipo de campanha? Eu não sou contra o ativismo de sofá. Qualquer forma que o cidadão use para se expressar é positiva. Você vê aspectos da democracia direta nesse tipo de movimento? Não. Democracia direta ocorre quando a decisão está nas mãos das próprias pessoas. Eu prefiro ver os abaixo-assinados como formas de expressão. Essas ferramentas online também não podem dar voz e força à intolerância e grupos que estimulam o ódio? Como lidar com isso? Você está certo. Essas ferramentas online podem ser utilizadas pelas forças da escuridão e do ódio, e elas são! Não há outra forma de l...