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Ainda Feliciano?

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Artigo assinado por Caetano Veloso, publicado em “O Globo”, em 14.04.2013. Nem estou acreditando que volto ao assunto do pastor/deputado/presidente da CDHM. Mas, como muitos devem ter visto, ele mentiu reiterada e estridentemente sobre mim. Há um vídeo no YouTube em que Feliciano, esbravejando de modo descontrolado, diz-se com Deus contra o diabo e, para provar isso, mente e mente mais. As pessoas religiosas deveriam observar o quanto ele está dominado pela soberba. Faz pouco, ele se sentiu no direito de julgar os vivos e os mortos, explicando por meio de uma teologia grotesca a morte dos garotos dos Mamonas e sagrando-se justiçador de John Lennon. Agora, aferra-se à mentira. Meu colega Wanderlino Nogueira notava, com ironia histórica sobre as espertezas da igreja católica, que a mentira não está entre os sete pecados capitais. Mas sabemos que “levantar falso testemunho” é condenado pelo Deus de Moisés. Por que mentir tão descaradamente sobre fatos conhecidos? Será que minha calma ...

Entrevista com o pastor Ricardo Gondim

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Entrevista concedida ao jornalista Roldão Arruda e publicada no seu respectivo blog em 30.03.2013. Como pastor, de que maneira analisa a polêmica que envolve Marco Feliciano e a Comissão de Direitos Humanos? Fico muito constrangido com o que está ocorrendo. Acha que as críticas a ele são dirigidas a todo os evangélicos? Ele fala em cristofobia. O Marco Feliciano se apresenta como representante não só do mundo evangélico, mas de todo o protestantismo. Na verdade, ele pouco representa das tendências protestantes. Foi eleito por um segmento muito alienado politicamente. Candidatos como ele são eleitos, geralmente, para se tornarem os representantes de sua igreja no parlamento. Eles se preocupam mais com os interesses da igreja do que com as questões que dizem respeito a todo o País. A que atribui o antagonismo com grupos que defendem os direitos humanos? Ele se antagonizou com o Brasil porque expressou pelo Twitter e, depois, num culto, opiniões sobre a questão dos negros. Di...

Entrevista com Vargas Llosa

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Entrevista concedida a Joaquim Sarmiento/Reuters, publicada no “Estado de S. Paulo” em 17.03.2013. "Se tivesse que salvar do fogo apenas um de meus romances, salvaria Conversa no Catedral." Anos depois de dizer essa frase, o escritor Mario Vargas Llosa garante que a mantém viva. Considerado um de seus principais livros, traz o retrato do Peru durante a ditadura dos anos 1950 a partir de Zavalita, jornalista que prefere a omissão a compactuar com os políticos. Colaborador do Estado, Llosa virá a São Paulo em abril para o Fronteiras do Pensamento e falou por telefone com o repórter na sexta-feira, desde Lima, sobre a obra agora relançada pela Alfaguara. Quais lembranças o senhor guarda do romance? O romance me faz lembrar uma história interessante. Quando foi publicado, em 1969, passou despercebido pela crítica e público - só era lembrado de forma negativa, por conta de sua estrutura narrativa. Só com o tempo, foi ganhando leitores e, curiosamente, hoje é um dos meus livros...

Entrevista com Pierre Lévy

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Entrevista concedida a Bruno Lupion e publicada no “Estado de S. Paulo” em 11.03.2013. Qual a relevância dos abaixo-assinados online para pressionar os parlamentares? Eu penso que seja tão relevante como os abaixo-assinados escritos. Uma petição é uma petição. Uma petição online só é mais fácil de organizar! Sendo mais fácil, o sr. não acha que há um risco de promover o "ativismo de sofá" nesse tipo de campanha? Eu não sou contra o ativismo de sofá. Qualquer forma que o cidadão use para se expressar é positiva. Você vê aspectos da democracia direta nesse tipo de movimento? Não. Democracia direta ocorre quando a decisão está nas mãos das próprias pessoas. Eu prefiro ver os abaixo-assinados como formas de expressão. Essas ferramentas online também não podem dar voz e força à intolerância e grupos que estimulam o ódio? Como lidar com isso? Você está certo. Essas ferramentas online podem ser utilizadas pelas forças da escuridão e do ódio, e elas são! Não há outra forma de l...

Entrevista com Elfriede Hartth

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Entrevista concedida a Laura Greenhalgh, publicado no “Estado de S. Paulo”, em 10.03.2013. Elfriede Hartth é catequista de bairro, ativista do movimento We Are Church, membro do Femmes et Hommes en Église, na França, presidente do European Women’s Synod, representante do Parlamento Europeu em grupo que se ocupa das relações entre religião e política, e ainda é associada às Católicas pelo Direito de Decidir na Europa. Doutora Harth, esse momento de transição de comando no Vaticano e de instabilidade na Cúria Romana seria propício para discutir a ampliação da presença das mulheres na Igreja Católica? Sim. Atravessamos um momento único pelo fato de haver um papa que renunciou. Isso representa uma ruptura com a tradição. Tinha-se como algo natural, inquestionável, que papas morreriam sendo papas e só então poderiam ser substituídos. Bento XVI inovou ao renunciar, abrindo caminho para que outras rupturas sejam possíveis. É inegável. Acrescente-se o fato de a Igreja, como instituição, an...

Os Maiorana querem encobrir crimes

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Sexta-Feira, 08/02/2013, 08:48:48 Atualizado em 08/02/2013, 08:55:59 A coluna Repórter 70, a principal do jornal O Liberal, publicou nos últimos dias 6 e 7 notas virulentas contra a empresa Freire Mello. Aparentemente sem motivo, a fúria dos ataques despertou a curiosidade dos leitores e do mercado imobiliário quanto às razões e aos interesses por trás dos ataques. A resposta a essas dúvidas pode estar num processo administrativo que corre na Receita Federal para apurar se houve ou não crime de descaminho, que é a entrada de produtos importados sem o devido pagamento de impostos. A suspeita é que isso teria ocorrido na importação de um jatinho de luxo pela empresa ORM Air Taxi Aéreo Ltda., fabricado nos Estados Unidos. Diante da iminência de um resultado desfavorável no processo da Receita Federal, o jornal dos Maioranas partiu para um velho e manjado truque da família: resolveu investir contra a construtora Freire Mello, visando, por tabela, pressionar a inspetora da alfândega do a...

Mensagem do Governador Simão Jatene à Alepa em 04.02.2013

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Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados É com espírito renovado que volto a esta Casa para submeter à apreciação de Vossas Excelências, e, por seu intermédio, ao povo paraense, o relatório das atividades desenvolvidas pelo Governo do Estado no ano de 2012 e o plano de ações para este ano. A nossa presença aqui, além de cumprir norma constitucional, materializa um imperativo ético que se impõe a todo administrador público, qual seja, o de prestar contas do trabalho realizado e dividir, com cada um dos membros desta Casa, a difícil porém compensadora missão de recolocar o nosso grande Estado no caminho do crescimento. O desafio é enorme porque o Pará é grandioso. E requer tal tarefa ampla união de forças para que seja levado a cabo com possibilidades de êxito. A união que se forjou há dois anos, nas ruas, precisa ser permanentemente ampliada e fortalecida. Por isso é aqui, nesta Assembleia Legislativa, caixa de ressonância da sociedade como um todo, que lanço as bases da nova ...